sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um pouco sobre Vinhos - Capitulo 6 - O Solo e O Clima



O SOLO



A videira adapta-se bem a vários tipos de solo mas, para que isso ocorra, três fatores são muito importantes: o solo deve ser pobre, seco e ter boa drenagem. Essas três condições permitem que as raízes da videira se desenvolvam plenamente.



Os terrenos férteis possibilitam grande produção de uvas, mas a qualidade do produto não é boa. Ao contrário do que pensa a maioria, os parreirais mais famosos estão plantados em terrenos de cascalho e pedregulho, onde qualquer outra cultura seria muito pouco viável. Esse é o tipo de solo que proporciona boa drenagem e aeração, permitindo também que se armazene o calor do sol para manter as raízes aquecidas à noite, quando a temperatura cai.


Sob essas condições, as raízes da parreira atingem até 15 m, absorvendo nessa profundidade a água e as substâncias minerais de que necessita para seu desenvolvimento. A umidade excessiva faz com que as raízes apodreçam.


Vale ainda dizer que as regiões de encostas são as mais indicadas para a viticultura, pois facilitam a insolação e o escoamento das águas. quando houver irrigação artificial, o plantio deve ser no terreno plano.


A composição dos solos não é homogênea, daí a variação da qualidade e das características da uva, mas existe um fator básico e indiscutível: o solo ácido não favorece a viticultura.


Dentre a diversidade de solos existentes, podemos citar o solo de ardósia, muito comum na Alemanha, nas regiões do Saar e do Mosel, é o solo ideal para a produção de vinhos leves e aromáticos.


O solo argiloso, que favorece a acumulação de água no sub-solo, não é especialmente indicado para a produção de grandes vinhos, mas funciona muito bem para os vinhos brancos doces (Loire) e tintos de boa qualidade, mas não excepcionais.


O solo vulcânico, é próprio para a produção de vinhos tintos bem encorpados, com intensos aromas minerais, como os encontrados no sul da Itália e na Sicília.


Já o solo calcário, é ideal para a viticultura, oferecendo pouca resistência à penetração das raízes da videira, reflete a luz solar e armazena o seu calor para o período noturno. Favorece os vinhos brancos bem estruturados, complexos e elegantes como os da Borgonha e o Champagne.


O Conceito de Terroir Como a nossa saudade portuguesa, o termo terroir não é de fácil tradução, sendo muito caro aos franceses, principalmente àqueles da Borgonha. Não se trata apenas do solo, do terreno, mas a ele devemos somar a idéia das substâncias que compõem o subsolo, a inclinação do terreno, sua drenagem e outros conceitos microclimáticos como a insolação.


Aqueles que defendem a supremacia do terroir na elaboração do vinho, como os borgonheses e alsacianos, acreditam que o vinho deve expressar "la vraie voix de la terre" (a verdadeira voz da terra). E, para que essa "voz" seja ouvida, preconizam: o uso de barricas de carvalho velhas, de aço inox ou de tanques de cimento, para se manter a neutralidade do sabor; o uso de leveduras naturais; a baixa produção; pouca ou nenhuma filtragem


O CLIMA


Se dermos uma olhada num mapa mundi, poderemos notar que os principais produtores de vinhos de qualidade têm suas regiões vitivinícolas situadas entre os paralelos 30° e 50°, ou seja, regiões de clima semitemperado de tipo mediterrâneo.


Isso se explica pelo fato de que as uvas utilizadas na vinificação não se adaptam a temperaturas extremas, ou seja, invernos muito frios e verões muito quentes. Além disso, para realizar a contento seu ciclo anual, a parreira necessita de temperaturas baixas no inverno que permitam seu repouso e que gradativamente aumentem durante seu ciclo vegetativo, acompanhadas de boa insolação.


O ciclo vegetativo da parreira é composto de 3 fases:

a - Hibernação - Ocorre no inverno – de novembro a março, no hemisfério norte, e de maio a agosto, no hemisfério sul –, período em que a planta hiberna. A temperatura fria é bem-vinda, mas sem exageros, não devendo passar dos 15°C negativos.

b - Floração - Ocorre na Primavera – de maio a junho, no hemisfério norte, e de setembro a outubro, no hemisfério sul. Nesse período, a planta tem necessidade de muito sol para que ocorra a maturação dos frutos. Quando ocorrem geadas e ventos fortes no final da Primavera, eles são extremamente nocivos à produção de boas uvas.

c - Frutificação - A frutificação se dá nos meses de agosto e setembro, no hemisfério norte, e dezembro e janeiro, no hemisfério sul, quando o sol e as altas temperaturas são extremamente desejáveis. As chuvas no final da frutificação são temidas porque podem causar o apodrecimento das uvas.

Capitulo 7 : A VINIFICAÇÃO


Pri *

obs - vale lembrar que os textos não são de minha autoria, mas retirados de pesquisa em diversos sites especializados.

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