quarta-feira, 30 de junho de 2010

Um pouco sobre Vinhos - Capítulo 2 - Dicas de Escolha e Compra

DICAS DE ESCOLHA E COMPRA

1 - Compre seu vinho em locais que ofereçam uma boa variedade de rótulos e, mais importante, que tenham uma boa rotatividade de estoque. Assim você estará minimizando os riscos de comprar uma bebida deteriorada por condições inadequadas de armazenagem.

2 - Comprar direto de importadoras ou de vinícolas, quando o vinho for brasileiro, é uma boa garantia de qualidade na conservação e de melhor preço. As lojas climatizadas de bebidas finas e os novos – e bem cuidados – setores de bebidas que os grandes supermercados mantêm são também uma boa opção.

3 - Não compre vinho em padarias, rotisserias, bares e lojas de pouco movimento. Nesses casos, é melhor contentar-se com uma cerveja.

4 - Para aqueles que se iniciam: em caso de dúvida, quando forem escolher uma entre duas garrafas, prefiram a de safra mais recente, principalmente se for um vinho branco. Isto serve, evidentemente, como regra geral porque a grande maioria dos vinhos existentes no mercado devem ser bebidos jovens, pois só perdem com o passar do tempo. O ditado que diz que "vinho, quanto mais velho, melhor" é, quando muito, uma meia verdade, e só é válido para vinhos especiais (bons Bordeaux, Barolos, Riojas, etc.), mesmo assim até um determinado limite de tempo.
5 - Examine bem a garrafa antes de comprá-la. O nível do líquido nunca deve estar abaixo do normal, e a rolha deve estar em boas condições.

6 - Observar a garrafa contra uma fonte de luz ( que não seja fria). Verificar se o vinho branco não está muito dourado, tendendo para o marrom. ou, se for tinto, muito acastanhado. São sinais de oxidação.

7 - Tenha sempre com você uma tabela de safras, principalmente quando for escolher vinhos de alta qualidade. Trata-se de um indicador bastante útil.

8 - Caso não conheça ainda um determinado vinho, leve apenas uma garrafa e, depois de experimentá-lo e aprová-lo, complemente a compra.

9 - Compre vinhos que tenham uma boa relação qualidade-preço.

10 - Last, but not least: compre o vinho que tenha a ver com seu gosto pessoal e que vá lhe proporcionar prazer. Não seja um "bebedor de rótulos".


ARMAZENAMENTO

As condições de armazenagem ou guarda do vinho são muito importantes e não devem ser negligenciadas, sob pena de deterioração do vinho, perda de suas características ou evolução irregular.
Caso não se tenha uma adega climatizada para manter os vinhos em condições ideais (15°), deve-se utilizar um lugar da casa que seja fresco (face sul), arejado, sem odores estranhos, escuro, sem trepidação e com pouca variação de temperatura.
As garrafas devem ser colocadas deitadas, de tal forma que se evite o ressecamento das rolhas e conseqüente invasão de oxigênio nas garrafas, o que oxidaria o vinho.
Os vinhos brancos são colocados na parte inferior e os tintos, na superior, pois resistem melhor às temperaturas mais altas.

No capitulo 3 teremos : COMBINAÇÃO VINHO / COMIDA


Pri *

terça-feira, 29 de junho de 2010

Um pouco sobre Vinhos - capitulo 1 - Vocabulário básico

Queridos amigos,

Compartilho com vocês o que estou conhecendo sobre vinhos com a minha amiga Yacy, que trabalha em uma vinícola ao sul da França: a Vinovalie http://www.vinovalie.com/

Como o assunto é extenso, vou dividí-lo por capítulos, assim fica mais fácil também consultar por tópicos, conforme precisarem.



VOCABULÁRIO BÁSICO


Acidez - É sentida nas laterais da língua. Os ácidos são componentes fundamentais do vinho, pois proporcionam frescor e sabor ao vinho, além de protegê-lo contra as bactérias.

Adstringente - É o vinho com presença de "taninos verdes", que transmitem à boca a sensação de aspereza. São vinhos difíceis de beber quando jovens, mas melhoram com o envelhecimento em garrafa, quando os taninos se tornam menos agressivos.

Afinado - Vinho envelhecido em carvalho e equilibrado.

Baunilha - Os vinhos amadurecidos em carvalho têm sabores que lembram a baunilha, sendo levemente adocicados e agradáveis.

Bouquet - Presença de aromas complexos, intensos e diversificados adquiridos durante o envelhecimento em madeira fina e na própria garrafa.

Bouchoné - Termo francês que significa aroma desagradável de rolha atacada por mofo.

Chato - Vinho com falta de acidez e corpo pequeno.

Complexo - Aromas dentro de aromas que sugerem várias analogias diferentes de frutas, flores, madeira, etc.

Curto - Sem persistência gustativa .

Duro - Tânico. Característica de certos tintos jovens.

Encorpado - Sensação gustativa que denota força e estrutura, decorrente da boa graduação alcoólica. Firme - jovem e com estilo marcante.

Frutado - Termo que designa o conjunto de características olfativas dos vinhos jovens resultante da variedade da uva (aroma primário) e dos aromas pré-fermentados e de fermentação (aromas secundários). É uma característica que tende a atenuar-se e, por fim, a extinguir-se com o tempo, dando lugar a aromas mais evoluídos.

Harmonioso - Vinho que revela perfeito equilíbrio entre seus componentes principais (açúcares, ácidos, tanino, álcool, etc.), proporcionando sensações agradáveis devido a seu equilíbrio.

Glicerina - Substância presente no vinho que ameniza a rudeza das substâncias ácidas e tânicas, tornando-o redondo e aveludado.

Longo - Vinho cujos sabores permanecem na boca por um bom tempo após ter sido bebido.

Mosto - Suco de uvas frescas, ainda não fermentado, em que podem permanecer as partes sólidas da uva.

Nervoso - Rico em acidez, vivaz. Qualidade dos vinhos jovens, principalmente os brancos.


É isso aí. Amanhã publicarei o capítulo 2: DICAS DE ESCOLHA E COMPRA

Pri *

"Carpe Diem"


"Aproveite o dia de hoje"


Já pararam para pensar nessa frase? O que significa de fato aproveitar o hoje, o agora ?


Será que basta vivermos intensamente como se não houvesse amanhã, sem medir as consequências de nossos atos, sem se importar com os outros a não ser com a própria satisfação?


E o que é a própria satisfação afinal? Será que é entregar-se aos prazeres dos sentidos?


Talvez a nossa dificuldade em viver o hoje, em nos focar no momento presente, esteja relacionada com a dificuldade de escolher o que é melhor para nossa vida.


Quando pensamos no que é melhor para nossa vida, logo nos reportamos para o futuro, ou então comparamos com algo que ficou no passado. Mas, o que é o melhor para a nossa vida AGORA?


O mais curioso é que o "aqui e agora" é de fato a única coisa real, e no entanto, nos escapa com tanta facilidade. Vivemos então num mundo irreal, de conjecturas, de possibilidades, de memórias e de planos.


Quando finalmente conseguimos focar nossa atenção, nosso pensamento e coração no momento presente, percebemos que o que mais importa na verdade não é "o que", mas "quem".


O que mais importa no aqui e agora são as pessoas com quem estamos nos relacionando. Prestar atenção e olhar de verdade para o outro, seja em casa, seja no trabalho, seja na escola, ou mesmo na rua, no trânsito.


Quando olhamos para o outro, paramos de pensar no próprio umbigo e sem perceber, paramos de pensar no passado ou no futuro, porque o outro está no aqui e agora.


Nosso bem estar, está diretamente relacionado ao bem estar do outro, porque se o outro estiver bem, ele nos fará bem também.


Nesse contexto, "Carpe Diem" é viver o aqui e agora consigo e com o outro, em harmonia.


Boas reflexões ! !


Pri*

terça-feira, 15 de junho de 2010

“Ganhar e perder acontece entre as orelhas” - Artigo transcrito da Revista Mente e Cerebro

Assim como atletas de alta performance, pessoas comuns podem usar a mente a seu favor para obter sucesso em atividades que exigem grande empenho

O mundo está repleto de gente talentosa, cheia de habilidades, capacitada para enfrentar os mais diversos desafios. Mas o sucesso não é garantido nem para essas pessoas, uma situação que intriga psicólogos. No esporte, esse fato é visto com frequência, e com o início da Copa do Mundo da África do Sul, em junho, e da Olimpíada de Londres, em 2012, mais uma vez os olhares se voltam para os atletas.

Não só os resultados, mas também a rotina de treinamentos e a forma como eles lidam com a ansiedade em cada competição chamam a atenção – e podem ensinar lições valiosas. Tomando por base suas performances, pode-se pensar em aspectos da vida de pessoas comuns, já que nem sempre esportistas bem preparados fisicamente conseguema vitória. Afinal, apenas talento e treino não são suficientes para conquistar o lugar de campeão: o equilíbrio psicológico é fundamental. Que o diga a seleção brasileira, na final do campeonato mundial, em 1998, na França.

Uma postura mental adequada e o firme desejo consciente de vencer podem tornar o amador um vencedor – e isso vale não apenas para esportistas, mas para qualquer um que queira realizar com êxito uma atividade que exija esforço e dedicação. O tenista alemão Boris Becker, que já foi o primeiro do mundo nesse esporte, descreveu essa postura de forma muito acertada e curiosa: “Perder e ganhar acontece entre as orelhas”. Em seu melhor período, Becker ganhava em jogos importantes o decisivo tiebreaker em nove de cada dez competições.

Certa vez, logo depois do jogo um repórter de televisão perguntou ao atleta como sempre conseguia tal resultado. “Ah, eu já joguei essa partida ontem à noite”, respondeu. O repórter não deu grande importância à frase, mas esse parecia ser justamente o segredo do sucesso. Excelentes desempenhos – seja no esporte, na pro fissão ou na vida pessoal – muitas vezes são alcançados “antecipadamente”. Oliver Kahn, goleiro que chegou perto de conquistar o título de melhor jogador do mundo pela Federação Internacional de Futebol (Fifa),“defendia” bolas críticas na noite anterior ao jogo decisivo. Da mesma forma, o piloto Michael Schumacher adotava a prática de se visualizar comemorando o primeiro lugar antes de a corrida começar.

Quando perguntaram certa vez ao boxeador ucraniano Wladimir Klitschkocomo se preparava mentalmente para os embates, respondeu: “Quando tenho grandes lutas à frente, sonho com elas”. O que ele via nesses sonhos? “Eu vejo o fim que desejo, a vitória; exatamente como no cinema, os sonhos se tornam realidade.” O truque, portanto, é partir triunfante rumo ao objetivo antes do início da partida. Seguindo esse raciocínio, a postura mais indesejável que se pode ter ao chegar à linha de largada é “vejamos até onde se pode chegar”. Tudo isso parece muito esotérico? Talvez você já conheça a seguinte situação: a pessoa ajusta o relógio à noite para levantar às 6 horas – e na manhã seguinte acorda às 5h59, antes mesmo de o despertador tocar. Como pode ser? Simples: o subconsciente trabalha diligentemente para cumprir objetivos. O relógio biológico é, nesse caso, apenas um pequeno exemplo das possibilidades que podem se abrir para uma pessoa. É possível, sim, usar esse potencial em causa própria.

Primeiramente, é preciso interromper o “diálogo interno” – uma espécie de bate-papo repetitivo (e em geral com teor acusatório) que acontece em nossa cabeça quando, por exemplo, nos cobramos por eventuais falhas. Essa discussão interior é algo muito diferente de reconhecer os próprios erros e traçar estratégias para não voltar a cometê-los. Em geral acontece de forma consciente, mas é alimentada pelo subconsciente, e por isso nem sempre é simples ter controle sobre ela. Nesse caso, práticas específicas de relaxamento podem ser bastante úteis e afastar pensamentos prejudiciais. Técnicas orientais – como a meditação zen, para desenvolver a habilidade de não pensar em nada – costumam ser eficazes. Ocorre que qualquer um que faça a tentativa logo percebe queatingir esse estado de “esvaziamento mental” não é nada fácil. Ou você consegue não pensar em um elefante azul logo após ler estas palavras?

Por isso, o cardiologista americano Herbert Benson, da Escola de Medicina de Harvard, recomenda: se não é possível pensar em nada, pense em quase nada, sem a preocupação de encontrar sentido ou fazer associações. Em resumo, deixe que os pensamentos “passem”, sem tentar controlá-los. Uma forma de conseguir é com a “caminhada meditativa”, em círculos, na qual, a cada passo, se pensa apenas no seguinte: “À esquerda, à esquerda, à esquerda, à esquerda...”. Por meio dessa monótona repetição, pode-se distanciar o consciente do incessante diálogo interior, muitas vezes incômodo, e obter maior nível de relaxamento mental.

O efeito positivo dessa prática para o corpo é mensurável na redução de problemas cardíacos associados ao estresse, pressão alta, dores crônicas e distúrbios de sono. Em alguns casos, esses males desaparecem completamente. O relaxamento também é possível sem a caminhada. Quer tentar? Sente-se tranquilamente em uma cadeira e murmure de forma inaudível um “mantra”, se possível, sem significado – por exemplo, “iamon”. Após alguns minutos, o seu diálogo interno para. Com o treino, isso ocorre mais rapidamente.O efeito também pode ser cientificamente conferido: o eletroencefalograma (EEG) mostra que as correntes cerebrais se tornam mais lentas, o cérebro funciona no chamado ritmo alfa (uma forma de relaxamento semelhante às fases de sono profundo).

Em alguns casos, a pessoa não sente mais o corpo. Esses são momentos raros, nos quais a porta para o subconsciente se abre. Boris Becker fazia exatamente assim: na noite anterior a um jogo importante, ele se isolava em seu quarto de hotel, colocava- se nesse estado de relaxamento e sonhava com seu sucesso nos momentos decisivos do jogo. Em pensamento, se via fazendo uma ótima jogada, enquanto seu opositor ficava indefeso na base. Quando adormecia com essa imagem na cabeça, seu subconsciente continuava trabalhando incessantemente e ancorava a imagem desejada como algo já atingido – como “verdadeira”.

No dia seguinte, quando a situação antecipadamente sonhada se tornava realidade, Boris Becker já havia vencido internamente. Considerando a certeza da vitória, já não restava espaço para a hesitação durante o saque, e não havia dúvida de que ele seria capaz de fazer as melhores jogadas. Tudo ocorria de forma mais ou menos automática. E o mais importante: ele não levaria em conta um possível erro.

Obviamente não adianta sonhar que o adversário erra, já que se trata de interferir na realidade interna, subjetiva, mandando mensagens para o próprio cérebro. Só podemos fazer isso conosco, nunca com os outros. Quando você também quiser afastar hesitações que podem enfraquecê-lo em momentos decisivos (ao apresentar um trabalho, submeter-se a uma entrevista de emprego, participar de uma reunião importante ou conversar com alguém querido sobre tema difícil), pode realizar um exercício duas vezes por dia, durante dez minutos, com intervalo de algumas horas entre eles. Assim que estiver totalmente relaxado e conseguir calar seu diálogo interior, visualize os seus objetivos pessoais em imagens o mais marcantes possível, dizendo a si mesmo que o objetivo já foi atingido. E, então, deixe que seu cérebro faça o resto.

edição 208 - Maio 2010 - Revista Mente E Cérebro - A revista que junta as partes
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http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/-ganhar_e_perder_entre_as_orelhas-.html

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A diversidade e suas maravilhas !

Parece-me que a necessidade de competir com o outro, de certa forma está relacionada com a dificuldade em compreender a diversidade humana tanto em seus aspectos amplos quanto profundos.

O mesmo ocorre quando ao notar uma diferença no comportamento alheio, tentamos 'enquadrá-lo' no nosso modo de ver e sentir, como sendo o melhor, ou mais coerente.

Veja, sempre que nos comparamos a outrem, surge de forma consciente ou não, um impulso de equiparação, o que é um equivoco, partindo do princípio que somos todos diferentes e que a competição tem como base a comparação, para então se classificar 'o melhor', 'o mediano' e 'o pior'.

É claro que possúimos muitos aspectos em comum, principalmente os relacionados aos aspectos sociais como cultura, etnia, educação, etc.

Porém, em se tratando de nossas potencialidades e debilidades, somos individualmente um universo de infinitas possibilidades.

A diversidade é uma das maravilhas da vida! É justamente nossa diversidade que nos une, pois se cada um fosse completo em sí, não precisaria do outro.

Sendo assim, cabe-nos aqui uma proposição: que tal tomarmos uma nova postura frente as diferenças? Ao invés de competirmos uns contra os outros, ou de nos incomodar com aquilo que nos parece estranho, vamos enchergar no outro novas possibilidades ! Novas possibilidades no pensar, no sentir, no falar, no agir !

Quem sabe assim poderemos aprender com o exemplo do outro e não necessariamente com os próprios erros.

Beijos,
Pri.